quinta-feira, 26 de julho de 2012

Parabéns ao melhor professor do mundo...

Nunca estudei na Escola Mário Sacramento (também conhecida por nº1 ou Escola Comercial) em Aveiro e, portanto, nunca tive aulas deste professor, mas tenho que felicitar o Dr. Sérgio Ramos, professor na escola referida e um aveirense, por dar o exemplo que os Portugueses podem ganhar estimados prémios de reconhecimento estando a trabalhar em Portugal.

O Dr. Sérgio Ramos foi galardoado, pelo Institute of Electrical and Electronic Engineers, com o prémio Educador Pré-Universitário do Ano, um prémio que reconhece professores por todo o mundo.

O professor ganhou este galardão pelo seu trabalho imenso por conseguir atrair a atenção dos estudantes de secundário através da promoção do envolvimento activos destes em ciências, tecnologias e engenharia e motivá-los a seguirem carreiras técnicas.

Nos últimos dois anos, eu tenho criticado imenso os professores pelo facto de protestarem sempre que o Governo toma medidas que impliquem terem que trabalhar, porque vê-se por aí imensos professores a fazerem muito pouco pelos estudantes e a terem pouco esforço ou nenhum para atrairem os estudantes para as maravilhas que cada área traz. Chegam à aula, debitam a matéria e vão-se embora. Acham que o trabalho deles resume-se a isto. No entanto, sempre reconheci que existem por aí alguns professores que realmente gostam de ensinar, gostam de ajudar os jovens a conquistar este mundo e tomam iniciativas que mostram que matemática, português, biologia, física, química, geologia, história, línguas e filosofia, entre muitas outras, não são nenhuns monstros de 7 cabeças. O professor Sérgio provou-me que estes professores ainda existem e mantém a minha fé de que continuaram a existir.

Parabéns caro professor e que os seus alunos percebam a sorte que têm...



Espero que tenham gostado...Se não, vão buscar a palmatória para se entreterem...
Nando Pina

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Pausa para Ciência - E já lá vão 50 anos...

Foi há 50 anos que a Telstar 1 retransmitia um sinal vindo de Andover, USA (partido de Nova Iorque) para Goonhilly, UK (sendo enviado para Londres), criando a primeira transmissão transatlântica de imagem, onde todo este processo foi realizado usando equipamentos simples. Assim nasceu a Era das Telecomunicações. Claro que a área das telecomunicações já deveria ter nascido uns anitos antes, mas este é o marco mais importante que dita o inicio desta Era.

Este menino é que estabeleceu a primeira transmissão
Hoje, 5 décadas depois, são aos triliões de transmissões de imagem, voz e texto por este mundo fora num só dia, sendo algo considerado totalmente banal. Há computadores portáteis, Tablets, Smartphones, toda uma nova tecnologia que há 10 anos atrás pensavam que só iriam aparecer daí a 30 anos.

Se disser-mos aos miúdos da geração a seguir à nossa que no tempo dos nossos avós não havia uma internet estabelecida mundialmente, telemóveis nem portáteis ou tablets, eles chamam-nos de mentirosos, pois é algo inconcebível nas suas cabeças. "O quê? mas sem telémovel como é que eles  falavam uns com os outros? Sem internet nem computadores como é que eles se divertiam?"

Esta evolução de ideologias faz-me pensar sobre a eterna discussão entre gerações, sobre quem é que sabia viver a infância e sobre o que é qualidade de várias características das nossas vidas. A nossa geração farta-se de atirar aos putos do Séc. XXI que eles não conhecem as maravilhas da vida, porque:

       - nunca jogaram à bola na rua, nem à apanhada nem outra trquinices
       - não conhecem Songoku, Doraemon, Bugs Bunny, Flinstones, ALF, Magyver, etc.
       - nunca tocaram numa Megadrive, N64, Playstation 1
       - com 10 anos já querem pinar, beber e fumar

 

                                 Ah, que saudades desses velhos tempos


Consideramos esta geração estúpida (eu irei falar contra mim, pois realmente os consideros estúpidos) porque gosta de Bieber, fica irritado por não ter um telemóvel, é mimado e porque não sabe falar em condições...Mas já pensaram que estamos a fazer o mesmo a eles o mesmo que os nossos avós nos fizeram a nós? "Ai, minha filha, que saia tão curta!", "Neto meu não anda tatuado ou com orelha furada!", etc.

Concordo que a qualidade da sociedade tem vindo a decrescer, mas se há algo que diferencia a nossa geração de todas as outras é a nossa mente aberta, determinação e capacidade analítica. Fomos a primeira geração olhar para os nosso pais, uma geração ainda um pouco conservadora e fechada, e dizer-lhes que eles estavam errados, que a visão deles era muito fechada e que os nossos horizontes deviam alargar. Se criticámos os nossos pais e avós por serem tão fechados e não aceitarem as nossas ideias, porque é que fazemos o mesmo aos nossos irmãos e filhos? Eu percebo-vos, vocês vêem os seres mais novos como uma geração que destruirá a ideologia alcançada por nós, mas temos que deixá-los crescer, com a nossa orientação e aceitação, e deixá-los fazerem sozinhos. Pode ser que nos surpreendam. 



Espero que tenham gostado...Se não, podem sempre carregar em CTRL+W...
Nando Pina

P.S.: Para não haver confusão, considero "nossa geração" como nascidos por entre '78 e '92

Pausa para Ciência - Lavar o carro? Não, ele já é crescidinho...

Uma compatriota nossa, suponhamos que estava farta de lavar o carro, lidera uma equipa de investigação que tem vindo a desenvolver um tipo de revestimento que se auto-repara. Aparentemente, quando a camada de superfície exterior é removida por raspagem, umas estruturas constituintes da camada interior, as 'hastes',  reorientam-se para a nova superfície de forma a restaurar funções. Assim, não só é resistente à água como, com o correr da água sobre a superfície, activa-se a reparação, fazendo com que a água leve a sujidade.

Tal poderá ser aplicado a carros, telemóveis, laptops, etc...

Aqui está uma foto da nossa compatriota:








Catarina Esteves


Finalmente!! Com um belo dia de chuva, algo que em Aveiro acontece todos os meses, inclusive em Agosto, o meu carro lavaria-se sozinho...Invenção sensacional...será que também podem fazer roupa assim?



Espero que tenham gostado...Se não, olha vão lavar os vossos carros...
Nando Pina

terça-feira, 24 de julho de 2012

Saraiva, O Historiador...


Morreu há uns dias o célebre apresentador de programas de história da RTP2, como "Horizontes da Memória", José Hermano Saraiva. Eu cresci com estes programas, dado que em criança era grande amante de História e adorava os programas dele. Apesar de muitas situações a ele associadas, acho que foi um bom homem no final e que será recordado durante muito tempo, ou mesmo sempre, nem que seja pela sua célebre expressão corporal dos braços levantados a uns 25º e curvados pelo centro enquanto dizia "Oh meus amigos, estão não é que foi neste castelo que bla bla bla".

Toda a minha geração conhece esta personagem dessa forma que descrevi e pouco mais sabem dele. No entanto, a geração dos nossos pais e avós recordam-se dele de uma forma diferente, menos amistosa. Recordam-se dele por algo que pouca gente da minha geração tem conhecimento, recordam-se dele como deputado pela União Nacional (partido do Salazar); como procurador da Câmara Corporativa, uma entidade governamental contrária à Assembleia da República, dado que representava as corporações económicas, culturais, sociais, etc. e funcionava de forma consultiva; e como o Ministro da Educação que lidou com a Crise Académica de 1969. Como podem perceber, José Hermano Saraiva aparentava ser apologista das ideologias de Salazar.

Além disso, havia outro grande problema: a sua visão para com a História. Quem seguia os seus programas na RTP2 sabe que, para amantes de História, as palavras dele pareciam hipnotizantes, mas também foi graças à sua excelente capacidade de comunicação que fez esses programas. No entanto, à medida que eu crescia, também a minha mente crítica se desenvolvia e comecei a reparar em certas irregularidades nas suas palavras, pois por vezes factos históricos ditos por ele eram, por vezes, diferentes do que livros de História demonstravam, diferentes das emitidas por variados académicos conhecidos na área da História. Ora, acontece que ele tinha um visão, uma interpretação de provas e teorias históricas diferente do mundo académico, sendo, por vezes, contestado.

Já não bastava ser associado ao Salazarismo, também tinha de ser contestado na veracidade dos factos históricos que transmitia.

Mas algo é indiscutível: era um homem extremamente inteligente e culto. Não são as Grãs-Cruz de variadas Ordens, nem os variados cargos educacionais que ocupou, nem a variada que me mostram a sua inteligência e cultura, mas sim a sua forma de falar, a sua forma de estar, ele emanava cultura. Nunca o conheci pessoalmente, algo que adorava ter feito, mas ele nunca aparentou ser alguém de mente fechada, mas sim uma pessoa pronta para uma bela discussão ideológica, aparentava gostar de debater ideias, algo dificilmente associado a um Salazarista (se ele alguma o vez o foi).

E, portanto, não irei recordá-lo com um Salazarista, não irei recordá-lo como historiador polémico, irei sim recordá-lo como uma espécie de um avô que durante imensos anos alimentou a minha paixão pela História de Portugal, um avô que, à semelhança do meu Tio Mané e do meu Avô Zé, todos os dias me fazia companhia com histórias sobre guerreiros, reis e rainhas e navegadores portugueses, todos os dias me recordava que em tempos fomos a maior nação do mundo e que essa força ainda hoje existe, só temos é que deixá-la sair.


Adeus Saraiva, estarás na companhia de grandes reis como D. Afonso III e D. Dinis, de grandes navegadores como Bartolomeu Dias e Diogo Cão, de nobres guerreiros como D. Afonso Henriques e D. Sebastião e dos maiores visionários que Portugal já viu, Infante D. Henrique e D. João II. Sentirás que estás em casa...



Espero que tenham gostado...Se não, a minha preocupação com tal foi-se à história...
Nando Pina

Vai estudar, Relvas!!

Frase alusiva à bela licenciatura do nosso Ministro Miguel Relvas que se tornou viral por este país. Como sabem, ultimamente tem-se falado muito da falcatrua do Relvas na sua formação académica e cada vez surgem mais protestos humorísticos sobre este assunto que a mim já me começa a cansar e, ao mesmo tempo, a preocupar.

Preocupar? perguntam vocês...Sim, preocupar, pois da forma como esta temática tem evoluído nos últimos dias, este assunto cada vez mais me parece uma jogada de distracção feita pelo Governo. Olhamos para os jornais e vemos o Relvas, olhamos para os telejornais e vemos Relvas, olhamos para blogs humorísticos ou de crítica e vemos Relvas, ouvimos referências a Relvas a todo o momento e até já se fazem manifestações dedicadas à sua demissão.

Ora isto tudo parece-me estúpido!! Pronto, o gajo fez uma grande falcatrua e sim, uma pessoa assim não devia estar no Governo...oh wait, they are all like this...

Vamos pensar sobre isto seriamente:

Há que ver primeiro que a competência e inteligência duma pessoa não se mede pela formação académica que possui, mas sim precisamente pela competência e inteligência que demonstra no seu trabalho, na sua forma de falar e de estar, até mesmo na sua vida pessoal. De certeza que vocês conhecem licenciados, até mesmo mestres, que só falam bem de boca fechada, enquanto existem pessoas que nem o 12º têm e são detentores duma sapiência para lá dos limites. Portanto, um gajo que trabalhou anos em cargos públicos e políticos ter uma licenciatura de Ciências Políticas não é um problema para mim, até porque somente pelo facto de ter feito esta falcatrua já demonstra que é um político português apto de ser Ministro...

Novamente, nós estamos a falar de um político, tipo de profissão que é logo associada à malandrice, à bela arte do coçar da micose e à mística máfia portuguesa. No entanto, existem (ou existiram) políticos minimamente, ou mesmo extremamente, competentes na sua função (sim, concordo que são poucos), passando a numerar alguns: Miguel Portas, Sá Carneiro, Francisco Louça, Jerónimo de Sousa, Marcelo Rebelo de Sousa, etc. Dado os exemplos que dei, tenho que reiterar que estes políticos são mesmo muito bons na sua função. Por exemplo, o Louça é um excelente político de oposição, pois só sabe dizer Não:

PM - "Ah, vou descer os ordenado em 50%"
Louça - "NÃO! Isso é um ultraje! Vai contra os direitos dos trabalhadores, bla bla bla!"
PM - "Então, vou ver o que posso fazer para subir os ordenados em 25%"
Louça - "NÃO! Isso é indigno! Vais fazer as empresas fugir para o estrangeiro!"

É difícil agradar a este menino dos Rs

Continuando, estamos numa altura do "campeonato político e económico" extremamente frágil e lesionar o Governo a esta altura não seria o melhor. Concordo que um ministro com o registo de falcatruas como o do Relvas deveria demitir-se, mas deveria ser feito de forma cuidada e com substituição de valor, coisa que muito provavelmente não vai acontecer. Vai ser uma bela confusão e vai acabar por nomear um amigo dos copos.

Por último, chegamos à parte que realmente me preocupa: manobra de distracção. Antes de mais, tenho que dizer que eu concordo com muitas acções que o Governo está a tomar, apesar de não concordar da forma como algumas são executadas, mas no balanço final acho que o actual Governo não está a trabalhar mal, dado o problema que herdou. Mas isso não retira a hipótese de o povo protestar, pois esse é o direito deles (que, na minha opinião, muita gente não usa da forma devida). Esta polémica com o Relvas, que agora parece estar a desvanecer-se entre as férias do Ronaldo e o começo da pré-época de futebol, hoje parece que foi uma bela jogada de distracção, tal e qual como com o Sócrates, pois permitiu que o Povo fizesse comédia e protestos com o Relvas, deixando o Governo respirar dos protestos contra austeridade. E o Povo, burro como sempre, caiu que nem um patinho.

Protestar porque o Relvas fez falcatrua no curso dele? Foda-se, protestem porque o Governo tirou-vos o subsídio, porque o ensino e saúde estão caros, porque o IVA do golfe está em 6% e do leite em 23% (ou 21%, não me recorda), protestem pelo que quiserem, mas que seja porque o Governo vos está a enrabar e não porque o menino do Relvas fez uma licenciatura manhosa.

"Quero lá saber da merda da licenciatura! Quero é um ensino exigente e eficiente! Quero ter dinheiro para dar tecto, comida, roupa e saúde aos meus filhos! Quero um Sistema de Saúde mais direccionado ao doente e menos ao médico! Quero que o Governo deixe o meu rabo em paz!" este sim deveria ser o vosso grito.



Espero que tenham gostado...Se não, "Quero lá saber!" é o meu grito...
Nando Pina

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Pausa para Ciência - Afinal donde veio a água?

Hoje vi um artigo que me fez pensar sobre o pensamento científico e sua relação com crença religiosa: uma descoberta feita pelo Instituto Carnegie , Washington: A água do nosso planeta veio dos asteróides da cintura entre Marte e Júpiter.

Até agora subsistia a teoria que cometas e meteoritos primitivos, os condritos carbonáceos (ricos em carbono e água), teriam dado origem à água e a todos os compostos voláteis do nosso planeta (hidrogénio, oxigénio e carbono) e, consequentemente, à matéria orgânica.

No entanto, outra teoria poderá ter surgido agora, começando a aparecer provas de suporte. Conel Alexander, investigador do Instituto Carnegie, baseando-se na observação do rácio de deutério (isótopo de hidrogénio), nas águas geladas, consegue averiguar a que distância do Sol um objecto foi formado. Aplicando esta técnica nas chamados condritos carbonáceos (condritos faz-me lembrar o meu colega de casa que chama conguitos aos douradinhos), observando que o rácio de deutério nestes objectos era muito inferior ao dos cometas, indicando possível formação muito diferente, provavelmente na zona da cintura interna de asteróides. Desta forma, a teoria dos cometas e meteoritos, até agora bem estabelecida, encontra-se contestada...

Com este estudo, há que enfatizar algo que faz parte da Ciência: Contestação. O que mais me fascina na ciência, quase todas as áreas, é sua não-conformidade e constante necessidade de contestar algo. É esse pensamento que cria evolução na nossa ideologia e todo o ser humano deveria ser assim. Estamos aqui a falar da criação do nosso mundo, algo com uma vertente extremamente religiosa. No entanto, nada impede a ciência de contestar o que a religião diz. Respeito imenso as pessoas de dedicam-se à prática da sua cultura religiosa, têm o seu direito, mas o fanatismo religioso só existe porque é alimentado pela imutabilidade da Religião. O verdadeiro crente não é aquele que lê a Bíblia/Alcorão/Torat/etc. e vive a sua vida em função desses, desprezando quem tenta contestá-los, mas sim aquele que após ler a sua "Bíblia", reflecte sobre ela e pensa: "Terá sido mesmo assim? Poderá ter sido doutra forma? Ou estará isto mal explicado?" e, usando a Ciência, procura exaustivamente por "Deus" (entre aspas por respeito a todas as crenças, pois existem vários nomes) na Natureza e no Universo. Einstein, em resposta ao aparecimento da Mecânica Quântica como uma realidade aleatória e probabilística, diz: "Não acredito que Ele jogue dados com o Universo". Sendo Einstein um Pandeísta, crença num Deus como criador do Universo e, ao mesmo tempo, a sua totalidade e que somente se identifica Deus através da razão (no entanto, morreu ateu, supostamente), ele demonstra como o pensamento cientifico deve ser usado: Sim, Deus (ou deuses) existe, no meio de equações matemáticas, interacções físicas e reacções químicas e, portanto, o nosso trabalho é simplesmente encontrá-lo lá no meio.

Mesmo com a descoberta de uma partícula que poderá ser o Bosão de Higgs, a Partícula de Deus, ateus racionais e fanáticos religosos continuam a separar a crença da ciência quando elas se encontram uma na outra. Se considerar-mos o pensamento Deísta, ou seja, considerar-mos que Deus criou o Universo e, ao mesmo tempo, é a sua totalidade, percebos que o Bosão de Higgs é realmente a Partícula de Deus, pois Deus é o Universo e, através desta partícula (e de outros inúmeros processos físicos), criou-se a si mesmo, e somente o poderemos Ver através da ciência.

A Ciência não existe para desacreditar a existência de Deus, mas sim para fortalecê-la....

Espero que tenham gostado...Se não, you know what to do...
Nando Pina

terça-feira, 17 de julho de 2012

Pausa para Ciência

Com o intuito de dinamizar este blog, torná-lo mais interessante, pensei em criar um segmento para Ciência, isto é um segmento semanal, onde irei colocar alguns do artigos que achei mais interessantes da semana...

Este segmento será designado por Pausa para Ciência e aparecerá todas as semanas há terça ou quarta-feira, podendo surgir mais do um post do para o segmento no mesmo dia...

Espero que venham a gostar...Se não, CTRL e W fazem maravilhas...
Nando Pina

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Licenciaturas Lusófuna® - Tire 1, leve 2

Além de vos aborrecer com a minha vida, irei também aborrecer-vos com temas polémicos actuais...O escolhido de hoje foi toda esta polémica à volta do Ministro Miguel Relvas...

Primeiro, um ponto de situação: Aparentemente, em Setembro de 2006, o nosso ministro entrou no curso de Ciências Políticas e Relações Internacionais, na Universidade Lusófona. Até aqui tudo bem, mas o problema surge um ano depois, em Outubro de 2007: Ele termina o curso, tendo, num ano, feito 36 cadeiras...

WHAT?

Sim, eu não me enganei a escrever. Agora, como terá ele conseguido este feito? Com a sua vida extremamente rica e os seus cursos de "Direito e História". Sim, porque esta não é a primeira trafulhice dele, passando a numerar:

  • Conotado em Falsificação de moradas legais para poder ter incremento nos seus vencimentos e poder entrar nas listas de candidaturas pelo PSD;
  • Conotado em Burlas de viagens do PSD - as esquecidas viagens-fantasmas que tanta polémica deram nos anos 90;
  • Declaração, por duas vezes, de estudante de 2º ano de Direito, aquando de candidaturas políticas, quando somente tinha feito uma cadeira do 1º ano;
  • Etc.
A desta vez foi da seguinte forma: Juntando os cargos públicos e políticos que desempenhou ao longo da sua vida com os cursos de "Direito" e "História", conseguiu 32 equivalências. Só teve que fazer 4 cadeiras e mesmos nessas encontram possíveis ilegalidades.

Ora, este assunto indigna-me de 2 formas: primeiro, andei eu 3 anos a fazer uma licenciatura, quando podia tê-la feito em 1 ano? Fiquei chateado, porque eu também gostaria de estar um ano a coçar a micose e ganhar uma licenciatura com isso para depois ir para um cargo político e continuar a coçar a micose. Em segundo, indigna-me que eu não tenha sabido disto mais cedo, pois há aqui toda uma série de licenciaturas que já possuo:
  • Ando a comer os mais variados pratos à tantos anos, já tenho equivalências suficientes, portanto já consigo Gastronomia;
  • Combinação do curso de Gastronomia com a cerveja que eu já bebi dá-me equivalências para Engenharia Alimentar;
  • Desde que sou um oócito que faço respiração celular e ao longos dos anos tenho-me especializado em outros processos químicos, comos fosforilações, metilações, etc.Desta forma, já cá canta Química;
  • Fui Mestre de Curso em Aveiro, tenho feito alguma gestão dos guitos da CF (em conjunto com outras pessoas). Já devo ter, pelo menos, três semestres feitos de Gestão;
  • Dado que aturo os meus irmãos desde que eles nasceram, já tenho Educação Básica e Psicologia;
  • e por aí adiante...
Falando a sério, o que realmente indigna é que anda o comum mortal 3 a 5 anos para sair com um curso feito e ir para o desemprego e depois vai-me este tirar o curso com 4 cadeiras...

É o país que temos...mas se pensam que isto só em Portugal enganam-se...trafulhice desta e outras existem em todo o mundo...



Espero que tenham gostado...Se não, as teclas CTRL e W em conjunto fazem maravilhas...

O que sou agora?

"Agora" - palavra definida pelo dicionário como o tempo actual, como o presente momento, e usada de uma forma tão absoluta e banal no nosso quotidiano que nunca nos apercebemos da sua relatividade. O "agora" tem diferentes presentes para cada pessoa: para um físico teórico pode ser milésimos de segundo, para um amante da história ou um paleontólogo ir de dezenas a milhares de anos e ainda existem astrónomos (não confundir com astrólogos, se faz favor) que podem definem o "agora" em algumas centenas de milhões de anos...

Como defino "agora" para usufruto deste post? Como os últimos 4 meses em conjunto com o presente mês e, provavelmente, os próximos 4 meses...

No "agora" sou um estagiário de uma empresa de consultoria farmacêutica. Uma empresa presentemente dedicada a definidas áreas da farmacêutica desde farmacovigilância a assuntos regulamentares, passando por controlo de qualidade e prestação de serviços de traduções técnicas. Sinto-me muito bem aqui. Tenho trabalho, trabalho que gosto de fazer e com pessoas que gosto de trabalhar. Acho que o facto de ser uma empresa pequena ajuda ao facto de que as pessoas aqui serem sensacionais, como uma pequena família. Não estou a dizer se somos chegados a esse ponto (pelo menos, acho que ainda sou muito novo na empresa e na vida destas pessoas para o ser), mas sim que a equipa funciona no mesmo sentido que uma família, onde desde o chefe superior ao estagiário trabalham com uma única máquina, onde todos apoiam todos, nunca se negando a nada desde que esteja dentro dos seu limites e havendo sempre espaço para umas pequenas brincadeiras/convívio de forma a despressionar a cabeça do stress que é o dia a dia.

Uma vez ouvi que não são as palavras que dizes nem as que ouves que te definem, mas sim as tuas acções. Neste "agora", além de neto, filho, irmão e amigo sou também um trabalhador estagiário, como muitos outros que andam por aí e, apesar de o trabalho não me definir completamente, acaba por ser uma das várias definições que juntas são um ser.

Espero que tenham gostado...Se não, CTRL + W serve para alguma coisa...
Nando Pina

Estou de volta...

Aqui estou eu de volta ao meu belo blog (agora é parte que imitam o Luke ao ouvir "I am your father" do Vader)...

Epah, como podem perceber, eu sou um gajo extremamente preguiçoso nestas coisas. Já houve uma série de vezes que seleccionei assuntos para aqui escrever, mas sempre que chegava a altura de fazer algo concreto, lá se ia a minha vontade. 

Isto acontecia porque a minha vida se encontrava um pouco depressiva: Não tinha aulas, não arranjava estágio, não fazia puto. Passava as noites num bar com os meus amigos (isso era o que mantinha animado) até às tantas e passava o dia a dormir, acordando às 15h...Vocês estão a pensar o mesmo que penso agora - "Epah, isso não é vida!" -, mas na altura a minha procura por estágio tornava-se cada vez mais frustrante e desanimadora, tirando-me vontade toda de fazer algo da vida...

No entanto, lá consegui arranjar um estágio, todo ele consigo por mim, o que hoje, apesar da sua demora em aparecer, me dá algum orgulho e confiança em mim mesmo, algo que nunca realmente senti verdadeiramente. Eu podia, racionalmente, perceber que era bom em algo e aceitar as opiniões de amigos e família quando me elogiavam o meu trabalho, mas nunca realmente senti verdadeiramente confiança nas minhas capacidades e conseguir um estágio sozinho, por muito pouco que pareça, naquele momento senti isso.

Atenção, a expressão "conseguir um estágio sozinho" é algo figurativo, pois atrás do "sozinho" está todo o apoio de família e dos meus verdadeiros amigos, que não precisam de menção, pois eles sabem quem são e sabem que eu sei reconhecê-los.

Mas pronto, acontece que agora estou a trabalhar, começo a ver a minha vida a encaminhar-se e, graças ao trabalho, estabeleceu-se alguma rotina na minha vida e que possibilitará que eu venha aqui de vez em quando escrever umas coisas...

Espero que gostem do regresso...Se não, Ctrl+W serve para alguma coisa...
Nando Pina