Ora bem, o título deste post está relacionado com um novo movimento que irei criar: Uma nova cadeira nos cursos de Economia dos principais países do mundo, a Prioridades Portuguesas 101...
Qual o motivo que originou este movimento?
Vários dos Governos do Norte da União Europeia (isto tem mão dos finlandeses, cheira-me) decidiram acelerar o passo a Portugal para que a ideia de ajuda financeira fornecida a este país fosse aceite nos seus Parlamentos e junto das suas populações (cada vez me cheira mais as Pastéis da Carélia). Desta forma, os prazos de cumprimento das medidas impostas pela Troika foram encurtados pela Comissão Europeia. Exemplo: As alterações da Taxa Social única, do Código Laboral e da situação financeira das empresas têm que ser cumpridas até ao final do mês de Julho em vez do final do ano.
Este encurtamento, apesar da Comissão Europeia e do Governo Português achar que não há aqui problemas, preocupa alguns dos principais peritos e esta preocupação deve-se ao facto de nenhum dos partidos mais susceptíveis de serem eleitos (segundo as últimas sondagens: PSD, PS e CDS-PP) não terem nomeado nenhum alto comissário responsável por ir preparando terreno, trabalhando com os ministérios de forma a realizar estudos técnicos para implementar tais alterações...
Qual o intuito deste movimento?
As Universidades Europeias que formam os peritos em Economia, Gestão ou outro curso qualquer relacionado com esta área têm que começar a leccionar uma cadeira que mostre quais os assuntos que os políticos portugueses têm considerado ser de maior urgência do que planear as implementações necessárias para que o País finalmente funcione e, talvez, saia da bancarrota, sendo elas:
Em época de eleições
- Jantares de Angariação de Fundos;
- Andar na rua a beijar bebés e cumprimentar possíveis eleitores;
- Passear pelo País;
- Comícios para falar das asneiras daquele e responder ofensivamente àquele (em vez de falar do programa eleitoral do partido);
Durante o intervalo de 4 anos entre eleições (se o Governo não se demitir):
- Ver quais as promessas que os elegeram e começar a falhar com os seus cumprimentos;
- Ensinar outra funcionalidade à mão que andava a cumprimentar os possíveis eleitores: tirar dinheiro aos que não têm (funcionalidade extremamente importante e que a Apple está quase a lançar uma aplicação para o Iphone);
- Decorar, com todos os luxos, os gabinetes ministeriais;
- Aprender a fingir que trabalha (a Apple também está a criar uma aplicação para o Iphone com um tutorial sobre este assunto);
- Criar uma forma das naldegas na cadeira do seu gabinete respectivo e na sua cadeira respectiva no Parlamento;
- Tirar uma foto à forma das naldegas criada nas cadeiras acima referidas e meter no facebook;
- Ir plantar umas batatas no Farmville enquanto comenta os vídeos e músicas publicadas pelos colegas do lado e "uploadar" as fotos da última campanha (pois, o político português também é multitask! Eles não brincam em serviço!)
Após todos estes procedimentos terem sido executados, é quando os políticos portugueses pensam em planear implementações necessárias para retirar o País dum buraco que já vai mais fundo que a garganta da Linda Lovelace...
Qual a previsão para iniciar o movimento?
Este movimento ainda está a ser planeado mas prevê-se que possa ser implementado para o próximo ano lectivo. Isto se não me apetecer concorrer a deputado e for eleito. Se assim for, prevê-se a iniciação deste movimento para o ano lectivo 2015/2016 (novamente, caso não me recandidate e seja reeleito, depois aí a gente vê se o faz ou não).
Qual a veracidade deste movimento?
Para quem não percebeu, isto foi sarcasmo (google it) direccionado àqueles seres da espécie Politicum preguiçosis, caracterizados por pescoço longo e frontalmente curvilíneo e a existência de um único músculo ocular que prende o globo ocular somente permitindo que os globos oculares olhem para o próprio umbigo do indivíduo.
Espero que tenham gostado. Se não, teclem Ctrl+W (a não ser que se candidatem a deputados)...
Saudações,
Nando Pina
