quarta-feira, 27 de abril de 2011

Molhadas ou Secas III

Bem, este blog tem andado muito sério. Há que encontrar um equilíbrio...

Portanto, aqui vão algumas daquele livrozinho da Maxmen para desanuviar...Como diz o título, podem ser secas ou podem ser boas. Fica ao vosso critério...

Operação Cirúrgica

Um homem é apresentado a um médico numa festa. Começam a conversar e, de repente, o médico vira-se para ele e pergunta-lhe:
- Eu não lhe tirei as suas amigdalas?
- Não, eu ainda as tenho...
- Eu não lhe tirei o apêndice?
- Não!, Eu quando tirei o apêndice, ainda morava no interior.
O médico pensa uns segundos e volta a perguntar:
- Já foi casado com a Maria?
- Sim!
- Eu sabia que já lhe tinha tirado alguma coisa!!


Perguntas Difíceis

- Do que é que gostas mais Aninha?
- Da mãe!
- Do que é que gostas mais Paulinho
- Do pai!
- E tu, Joãozinho?
- De coninha!
- Mal educado!! Estás de Castigo! Vai já para casa e escreve 100 vezes "Eu não devo dizer palavões."
No dia seguinte:
- Joãozinho, contaste ao teu pai o que disseste ontem?
- Contei.
- E o que é que ele disse?
- Que cuzinho também é uma delícia...


Vodka Cruel

O sujeito chega a casa de madrugada, completamente bêbado e começa a bater na porta, mas a mulher não quer abrir.
- Abre a porta!! Deixa-me entrar! Trouxe uma flor para a mulher mais bela do mundo!
Sensibilizada com o gesto romântico, a mulher abre a porta, mas vê que o homem não traz nada: - Então a flor?
Ao que o homem responde:
- Onde anda a mulher mais bela do mundo?

Espero que se tenham rido. Se não, podem sempre fazer Ctrl+W e ir ao Chupa-mos...

Saudações,
Nando Pina


segunda-feira, 25 de abril de 2011

O preço da liberdade...

Faz hoje 37 anos que um Estado português ditador foi "destronado", pondo fim a um regime fascista que durou 41 anos. O principal protagonista desse período da História Portuguesa foi António Oliveira Salazar, um professor catedrático de Economia Política e Finanças e grande crítico da doutrina anticlericalística dos variadíssimos governos da 1ª República. Dos 41 anos de ditadura, 36 foram dele como Presidente do Conselho de Ministro, posição donde Salazar governava o país com punho firme.

Várias vezes na minha vida, e certamente também vocês, ouvi dos meus pais e avós relatos da vida desses tempos de censura literária, impossibilidade de expressão e polícia que torturava e matava pessoas contra o governo. Tempos negros (para o povo claro).

Apesar disso tudo, durante esses 41 anos de ditadura, nunca se viu instabilidade política (pudera, se um Portas ou um Coelho dissessem naquela altura o que dizem hoje, desapareceriam do mapa), buracos enormes no orçamento, divida externa, entre outros vários factores.

Graças a um grupo de revolucionários, desde 1974 que pudemos dizer e fazer o que queremos. Podemos criticar as acções do governos e dos seus intervenientes sem termos que ir para à prisão. No entanto, eu pergunto-me (e vejam somente a situação hipotética, não sou burro para achar que prisão é melhor): Será melhor termos ou não liberdade?

Desde o mais ignorante até ao mais intelectual, desde o mais pobre até ao mais rico, desde o Zé Povinho até ao Primeiro-Ministro, as pessoas não parecem querer perceber que com a liberdade vem responsabilidade. Não podemos simplesmente falar e fazer o que queremos por interesse egoísta. Não podemos criticar as acções de um governo porque faz parte do estereótipo ou porque queremos que aquele governo saia do poder para irmos para lá nós. Durante a ditadura continuávamos atrás do resto da Europa, mas:
  • A economia não só estava estável como conseguíamos ter algum crescimento (PIB crescia 5,66% entre 1959 e 1970);
  • As pessoas que queriam ganhar dinheiro tinham bom remédio: ou trabalhavam ou trabalhavam, não havia subsídios para tudo e mais alguma coisa;
  • Algo que nunca se verificou, nem antes nem depois, foi as exportações sobreporem-se às importações;
  • Conseguimos safar-mos de nos envolver-mos na maior e mais desastrosa guerra de sempre;
  • etc.
Graças aos grandes homens do MFA, o que aconteceu até hoje foi:
  • Fomos ajudados 2 vezes pelo FMI, pois nos 20 anos a seguir à revolução tivemos à beira da falência 2 vezes e vamos ter que ser ajudados uma terceira vez;
  • Temos uma oposição, seja ela PS, PSD, PCP, BE, que critica negativamente TUDO o que o governo faz, isto é, o governo nunca faz nada bem (não estou a dizer que o governo faz tudo de bom, mas também não faz tudo de mal), porque querem ser eles a estarem nessa posição de poder. Porquê? para poderem usar, corruptamente, essa posição;
  • Temos um povo mimado que, em tempos de crise, começa logo a barafustar quando o governo quer apertar o cinto, retirando alguns benefícios fiscais ou aumentando os impostos;
  • Este mesmo povo, que tanto quer ganhar dinheiro, sempre que pode safar-se do trabalho, aproveita logo e faz greves por tudo e por nada. Nos últimos tempos temos tido greves dos transportes todos os meses, às vezes 2 vezes num mês. Trabalhar para quê?
Isto faz-me chegar à conclusão que o português não pode ter liberdade, pois é pior que um puto de 5: querem a mão, damos o ombro e resmungam quando, mais tarde, descemos as fasquia para o cotovelo. O português não pode ter liberdade pois vai sempre abusar dela, aproveitando-se sempre que pode dos seus benefícios em detrimento do país e dos seus compatriotas.

É por isso que acho muito bem que venha aí o FMI, pois vai empregar o estilo de ditadura correcta, isto é, em vez censurar e condenar os que criticam, simplesmente ignora e faz ameaças passivas: "Querem protestar contra as nossas acções? DON'T FUCKING CARE!! Mas tenham cuidado, pois enquanto fazem greves, há muitas pessoas no desemprego a querer trabalhar."

Espero que tenham defrustrado. Se não, Ctrl+W...

Saudações,
Nando Pina

terça-feira, 19 de abril de 2011

Troikai-vos às gargalhadas, pois somos portugueses...

Devido a toda esta crise económica mundial, Portugal, que já estava no fundo antes da crise, conseguiu cavar ainda mais o buraco e viu-se obrigado a pedir ajuda externa. Essa vai ser dada pelo FMI e Fundos Europeus e parece que o comité de avaliação é uma "troika" constituída pelo FMI, Comissão Europeia e BCE. Mas o que raio é "Troika"? "Troika" é um termo russo que designa um comité de 3 elementos e possui origem como termo popular que designa uma carroça puxada por 3 burros (vá cavalos, mas achei que ficaria melhor encaixado burros).

Acontece que logo que apareceu nos media o termo "troika", começou a aparecer (também no media) no facebook uma série de pessoas a usar conjugações inventadas desse termo: "troika-te as voltas", "troika-mos", "estou troikado", etc., como forma de humor associado ao FMI...

Isto fez-me pensar...Já repararam que sempre que nos acontece alguma desgraça, a primeira coisa que fazemos é rir, fazer piadas, criar humor? É um mecanismo de defesa característico do povo português. Até mesmo nas nossas experiências individuais: levei uma tampa, a/o minha/meu namorada/o traiu-me, a minha mãe morreu, etc. Temos, como todo ser humano, luto, onde choramos um bocado, mas rapidamente passamos para o humor:
  • "Levei uma tampa, porra! mas olha, ela também não era muito fresca";
  • "O meu namorado traiu-me...snif snif...mas olha, tenho pena da gaja, pois vai andar sempre a passar a mão na cabeça a ver se o gajo faz-lhe a ela o que me fez a mim";
  • "Buahahahah (choradeira), morreu a minha mãe..." (passado umas horas do funeral, em familía) "Lembram-se daquela vez em que ela, com a pressa toda, foi de chinelos para o trabalho? ahahahahah"
É a nossa forma de levantar-mo-nos da queda do cavalo. Portugal deste sempre foi assim, começando com Gil Vicente, o pai do teatro, grande crítico da sociedade através do humor...Desde esse grande senhor que, sempre que a nação sofre uma desgraça, as primeiras acções são criação de humor dirigidas à desgraça:
  • Vem aí o FMI ==> "Vou troiká-los todos";
  • Porto/Sporting/Benfica/Selecção perde um clássico ou um jogo de Liga Europa/Liga dos Campeões ou um jogo do Euro/Mundial, aparecem logo caricaturas e banda desenhadas na Bola, no Record, etc.;
  • Fazemos CARRADAS de anedotas contra o governo ou contra uma péssima prestação no desporto ou contra jet-set;
  • Na TV, na rádio, no facebook, nos blogs, toda gente usa o sarcasmo e ironia, formas de humor, para criticar acções do governo ou instituições governamentais;
  • entre outras
É exactamente por isso que, apesar de sermos broncos mimados, somos também teimosos, nunca desistimos e segura-mo-nos com garras e dentes à esperança através do riso...

Espero que tenham gostado. Se não, 已经知道该怎么做..

Saudações,
Nando Pina

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sexta-feira, 15 de abril de 2011

Qual Salazar, dava-me jeito era um Avis...

São, neste momento em que começo este texto, 6:35 da manhã e acabo de ver um programa no Discovery Civilization, "The Great Palaces of the World", cuja produção é inteiramente estrangeira e é sobre o Palácio de Sintra, mostrando toda a História portuguesa em seu redor numa perspectiva diferente da nossa, pois esta é a nossa História. Apesar de conhecer bem a História de Portugal, uma paixão minha em criança, alimentada pelo meu Tio Mané, ele também um grande amante de História (e não conhecia pessoa que soubesse mais do ele, era homem para competir com José Hermano Saraiva em conhecimentos), esta perspectiva de uma equipa de historiadores estrangeira interessou-me.

À medida que ia vendo o episódio, fui reparando em certas semelhanças entre essa época e a época em que vivemos nas últimas 2 décadas e meia (mas nós somos muito melhores agora, pois nós fizemos as mesmas asneiras mas demorámos 2 décadas a fazer o que nessa altura foram precisos perto de 2 séculos: Lixar a nação).

Para perceberem, vou, rapidamente, contextualizar-vos...

O Palácio de Sintra, o palácio-alvo deste episódio, foi construído no início da Dinastia de Avis, a dinastia responsável pelos Grandes Descobrimentos, o Império Português, que ia desde o Brasil até à China, podendo fazer um desviozinho para um passeio até Timor, e o auge da nossa Nação. Nunca fomos tão poderosos como nessa altura...

Eu sei, tou-vos a dar uma lição de história, que secante...Mas, por favor, dêem-me só mais umas linhas para perceberem a relevância...

Que toda a época de Avis (que durou quase 2 séculos) parece ser o desenho original donde se copiou, com papel vegetal, a época que se vive desde 1986 até hoje:

D.João I entra no poder numa altura em que Portugal vive em plena miséria e fome, sendo considerado como o mais pobre de toda a Europa (faz-vos lembrar alguma coisa?). Engenhoso e temerário, D. João I, acompanhado pelo seu inteligente e sonhador filho Infante D.Henrique, planeia a solução para tirar Portugal, embarcando numa demanda pelo caminho marítimo para Índia, descobrindo, pelo caminho, toda a Costa Africana e, posteriormente, o Brasil, a Costa Sul da Ásia e Timor. No entanto, somente se atingiu esse objectivo 65 anos e 4 reis depois da morte de D. João I. Entretanto, esses 4 reis precedentes a D.João I não olharam as meias medidas nas despesas e, vendo um grande fluxo de riquezas para dentro de Portugal, esbanjaram dinheiro onde não era necessário e o próprio povo se habituaria à boa vida (excepto os marinheiros). Perto do final do reino de D. Manuel I(criador do estilo arquitectónico Manuelino e o Rei que presenciou a descoberta do caminho marítimo para Índia), Portugal estava perto da falência. Apesar de dominar-mos o comércio das especiarias e do ouro, D.Manuel I, apesar de muitos feitos, era um péssimo negociador como também o seu sucessor e nações como Inglaterra, Espanha e Holanda começavam-se a equiparar a nós, retirando-nos poder em vários mercados (Espanha domina o ouro das Américas, Holanda domina África, dominando o marfim e escravos e Inglaterra domina as Índias e suas especiarias). Portanto, D.Sebastião herda um reino falido cheio de pessoas prepotentes a gastarem o dinheiro que não têm. Para se juntar à moda, D. Sebastião tem a ideia de atacar Ceuta, tentando reconstituir o feito do Infante D. Henrique. Bem, saiu-lhe o tiro pela culatra e desapareceu num nevoeiro. Eu pessoalmente suspeito é que ele aproveitou e pisgou-se à Durão Barroso e foi viver com um harém de gajas no meio de Marrocos. Mas pronto, o seu desaparecimento lança Portugal numa crise política desastrosa, em que perdemos a nossa independância para os Espanhóis...

E agora vocês (os que ainda ão se cansaram) pensam: "Porra, tou farto de história, onde queres chegar?!"

Vou agora fazer a associação para aqueles que ainda não atingiram:
  • Tal como D.João I, Mário Soares "herda" um país devastado pelo FMI devido à sua falência. Decide que a adesão à CE seria uma boa solução, pois traria investidores estrangeiros e fundos comunitários;
  • A solução parece funcionar, pois Portugal e os portugueses começam a ver-se com mais dinheiro e a respirar melhor. Tal e qual como aconteceu com o aparecimento do negócio de marfim, escravos, ouro e especiarias;
  • No entanto, à medida que cada vez mais dinheiro aparece, mais é gasto. Desde Cavaco Silva até Sócrates, os governos queimam dinheiro em obras públicas desnecessárias, aumento de salários de forma exponencial, aumento de benefícios fiscais, subsídios para a coça da micose, etc. O mesmo aconteceu com os Reis de Avis, sendo construídos monumentos como Mosteiro dos Jerónimos e reformas em tudo e mais alguma coisa;
  • A quem chama Sócrates de ditador e acusa-o de censura na imprensa vai gostar desta: Foi D. Manuel I que autorizou a Inquisição em Portugal e D.João III (seu filho) permite a sua entrada de forma bruta, fazendo fugir os mercadores judeus e muçulmanos, obrigando Portugal a executar empréstimos estrangeiros, isto é, criação duma dívida externa;
  • As dívidas vão aumentado nos governos de Durão Barroso e Sócrates (não vamos contar com o Santana Lopes), onde vamos gastando dinheiro que já não temos, aumentando ainda mais as nossas dívidas. Como já disse, D. João III, devido a uma crença religiosa forte, permite a instauração da Inquisição, fazendo fugir os nosso principais mercadores, os judeus e muçulmanos, obrigando Portugal a fazer empréstimos estrangeiros e a importar produtos que dantes dominava. Um bocado como a Madeira começar a importar bananas. Desta forma, Portugal entra em estagnação e, mais tarde, em declínio;
  • Para terminar, Sócrates apresenta a demissão, demonstrando o quão desastrosa está o mundo político português e pede ajuda ao FMI, que, como os espanhóis após o desaparecimento de D. Sebastião com um harém de gajas boas (ele tinha 16 anos!!! queria lá ser rei...), vai-nos escravizar...

Com isto, termino com 2 pensamentos:
  1. Não aprendemos com os erros dos Reis de Avis. Será que vamos aprender com os erros de Sócrates, Cavaco e companhia? Duvido...
  2. Muitos dizem: "Que venha um Salazar!". Eu prefiro que aparecesse João de Avis, partisse esta porcaria toda e cria-se uma solução para este país. Podemos sempre conquistar o Brasil e a Índia outra vez (estou a brincar).

Espero que tenham gostado. Se não, já sabem que teclas pressionar...

Saudações,
Nando Pina

terça-feira, 12 de abril de 2011

1000 visitas...

O meu blog acabou de atingir o número de 1000 visitas...Espectáculo, awesome, sensacional, espantástico!!!

Vamos fazer as contas: 500 devem ser minhas, 250 do Igor, 75 do Mike e umas 75 do Silva. Com isto sobram 100 visitas que devem ter umas 80 também do meu Tio Pedro, portanto há uma pessoa que já veio aqui 20 vezes...Isso quer dizer que tenho 5 visitantes...Espectáculo...

Saudações,
Nando Pina

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Uma época de mudanças...

O Porto está a viver uma época de futebol que poderá mudar/acrescentar alguns feitos aos recordes nacionais:
  • O Porto, no dia 3 de Abril, conseguiu realizar um feito que não conseguia à 61 anos: Ser campeão em plena casa benfiquista;
  • O Porto conseguiu igualar o Benfica em números de competições ganhas (nacionais e internacionais), estabelecido em 65;
  • Estabeleceu um novo recorde em número de vitórias em competições europeias numa só época (estava em 10 no dia 11 de Março);
  • Possibilidade de igualar o feito do Benfica em 72/73: acabar o campeonato sem 1 única derrota;
Nada mau para o André Villas-Boas, que, no que toca ao comando do Porto, está a dar-se melhor que o Mourinho...

Vocês agora dizem: "Tu não eras sportinguista?", ao que eu respondo que Sim, sou sportinguista dentro de minha casa, pois pretendo viver (não queiram ser contra o Sporting à frente da minha mãe). Sempre simpatizei mais com o Porto do que com o Sporting, mas o meu clube de coração é o Beira-Mar, que está a 10 pontos do Sporting, havendo ainda 15 pontos para serem disputados...

Espero que tenham gostado...Se não. bem you know what to do...

Saudações,
Nando Pina